Segurança da Informação: 10 Ações Essenciais para Proteger Sua Empresa

Descubra 10 ações essenciais para proteger sua empresa com segurança da informação, reduzindo riscos e fortalecendo processos e reputação digital.

PRIVACIDADE DE DADOS

TMC

3/26/20254 min read

O ambiente corporativo atual é altamente dependente da informação como ativo estratégico. Porém, essa mesma informação, se mal protegida, pode se transformar em uma das maiores vulnerabilidades de uma organização. A segurança da informação deixou de ser um diferencial técnico — tornou-se uma exigência operacional, jurídica e ética.

Muito além da proteção contra ataques cibernéticos, a segurança da informação envolve a confidencialidade, a integridade e a disponibilidade dos dados que sustentam decisões, processos e relacionamentos com clientes, fornecedores e colaboradores. Este artigo apresenta dez ações práticas e estruturadas que devem ser adotadas por empresas que buscam não apenas evitar perdas, mas operar com confiança em um cenário digital cada vez mais desafiador.

1. Classificação da informação

Todo dado não tem o mesmo valor ou grau de criticidade. A primeira etapa para proteger a informação de forma eficiente é classificá-la com base em sua sensibilidade, uso e impacto em caso de violação. Essa classificação pode ser dividida em categorias como: pública, interna, confidencial e restrita.

Com a classificação definida, é possível aplicar níveis distintos de controle, priorizando os recursos de proteção para aquilo que realmente representa risco estratégico. Isso reduz custos, melhora o desempenho dos sistemas e eleva a maturidade da gestão da informação.

2. Controle de acesso por perfil de usuário

Acesso irrestrito a sistemas, pastas e documentos é uma das causas mais comuns de incidentes de segurança. É imprescindível que o acesso a dados e sistemas seja concedido com base no princípio do menor privilégio: cada usuário deve acessar apenas o que for estritamente necessário à sua função.

Esse controle deve ser dinâmico, com revisões periódicas, especialmente em situações como troca de função, desligamento de colaboradores ou encerramento de contratos com terceiros. O gerenciamento de identidade e autenticação precisa ser integrado a uma política clara e auditável.

3. Uso obrigatório de autenticação multifator (MFA)

Senhas, isoladamente, não são mais suficientes para proteger contas e sistemas. A autenticação multifator (MFA) adiciona uma camada adicional de segurança, exigindo que o usuário comprove sua identidade por mais de um meio: algo que sabe (senha), algo que tem (token, aplicativo, biometria).

Essa medida reduz drasticamente o risco de acesso indevido, mesmo em casos de vazamento de credenciais. A aplicação do MFA deve ser obrigatória especialmente para usuários com acesso privilegiado, áreas críticas e sistemas em nuvem.

4. Criptografia de dados em repouso e em trânsito

A criptografia é uma medida técnica fundamental para preservar a confidencialidade dos dados, tanto durante a transmissão quanto quando estão armazenados. Ela garante que, mesmo que ocorra acesso indevido, as informações estejam embaralhadas e inutilizáveis.

Empresas devem adotar criptografia forte para proteger bancos de dados, arquivos armazenados em servidores e dispositivos móveis, além de garantir o uso de protocolos seguros (como HTTPS) para comunicação com sistemas e clientes.

5. Políticas de backup e recuperação

Não basta ter backup — é necessário garantir que ele esteja íntegro, atualizado, seguro e acessível. Backups devem ser realizados com periodicidade adequada à criticidade dos dados, armazenados em locais distintos e protegidos por criptografia.

Além disso, deve existir um plano de recuperação testado e validado regularmente. A capacidade de restaurar dados com rapidez e confiabilidade é um fator decisivo para minimizar os impactos de um ataque ransomware ou falha técnica grave.

6. Monitoramento contínuo e detecção de anomalias

A segurança da informação exige vigilância constante. Sistemas de monitoramento permitem identificar comportamentos suspeitos, tentativas de acesso não autorizadas, movimentações atípicas de dados e falhas de configuração.

A detecção precoce de ameaças depende de ferramentas como SIEM (Security Information and Event Management), análise de logs e alertas em tempo real. Empresas que monitoram de forma ativa conseguem reagir com agilidade e reduzir o dano.

7. Atualização e gestão de vulnerabilidades

A aplicação de correções de segurança (patches) deve seguir um cronograma rigoroso. Sistemas desatualizados são frequentemente explorados por cibercriminosos justamente porque expõem falhas já conhecidas.

Além da atualização contínua, é necessário realizar varreduras regulares para identificar vulnerabilidades, avaliar o risco de cada uma e priorizar sua correção. A gestão proativa dessas falhas é uma frente crítica da prevenção.

8. Conscientização e treinamento contínuo

A maioria dos incidentes de segurança envolve falha humana: cliques em links maliciosos, envio de dados sigilosos para e-mails errados, uso de senhas fracas. Treinar as equipes sobre boas práticas e riscos é indispensável.

O treinamento deve ser recorrente, alinhado à realidade da empresa e segmentado por áreas. A conscientização transforma colaboradores em agentes ativos na proteção da informação, promovendo uma cultura organizacional mais segura.

9. Plano de resposta a incidentes

Nenhuma empresa está imune a falhas ou ataques. Ter um plano claro de resposta a incidentes é o que determina a capacidade de mitigar danos e preservar a continuidade dos negócios.

Esse plano deve prever fluxos de decisão, papéis e responsabilidades, comunicação interna e externa, registro das ações tomadas e critérios para acionar autoridades e titulares. O tempo de resposta é um fator crítico na redução do impacto.

10. Integração com políticas de compliance e LGPD

A segurança da informação está diretamente ligada à conformidade legal. A LGPD exige a adoção de medidas técnicas e administrativas aptas a proteger os dados pessoais, e muitas das ações listadas aqui se conectam diretamente a essa exigência.

A integração entre segurança e compliance é fundamental para garantir coerência nas práticas da empresa, fortalecer sua posição diante de fiscalizações e demonstrar compromisso com a proteção dos direitos dos titulares.

A segurança da informação é uma jornada contínua. Ela se fortalece na medida em que processos são revistos, equipes são treinadas e decisões são orientadas por critérios de responsabilidade e visão estratégica. O ambiente digital não perdoa amadorismo, e os impactos de um incidente extrapolam a dimensão técnica — atingem diretamente a reputação e a confiança construída pela empresa.

Se sua organização já vivenciou algum caso que possa enriquecer este tema, compartilhe conosco pelo e-mail contato@gestaolegal.com. Sua experiência pode inspirar outras empresas a adotarem medidas preventivas mais sólidas e a se prepararem melhor para os desafios da era da informação.